terça-feira, 30 de outubro de 2012

O ensaio (ou patos na lagoa)


Sábado tivemos o ensaio com parte do time, o que serviu para juntar ambiente e equipe pela primeira vez desde que o elenco foi fechado.

Enquanto subia as escadas do Cine Santa Clara (principal locação), veio uma sensação estranha, uma espécie de mistura entre gozo e ressaca, ansiedade e prazer contidos. Lembrei de um filme em que um jogador de futebol americano está às vésperas de uma partida importante, no centro do campo de um estádio gigantesco e vazio, onde seu técnico faz uma analogia com um pato na lagoa.

Na superfície, a parte que vemos, um ser tranquilo. Abaixo dela, para manter essa impressão serena, os pés estão a mil por hora.

O que me conforta é o fato de ter sobrevivido a Do Goleiro ao Ponta-esquerda e a Nunca Mais Vou Filmar. Ou seja, se conseguir manter o hábito de fazer filmes, terei que lidar com essa sensação. Por outro lado, me pergunto como outros lidam com isso.

Divagação à parte, com ou sem pés a mil por hora, deixo um obrigado a todo mundo; desde Vital, que nos acompanhou no cinema, até quem ficou para o jogo do Bahia, passando por quem não pôde ir mas acompanha o processo. Quando Lara chegar ao fim, vou inventar outras desculpas para manter esses encontros. Pro pato ficar bem, os pés não podem parar.

Ps1: O nome do filme é Virando o Jogo (2000), de Howard Deutch e com Keanu Reeves, Gene Hackman e Brooke Langton. É provável que a passagem que citei seja um pouco diferente. Não lembro de ter revisto.

Ps2: Gostaria de acrescentar fotos do ensaio, mas no dia não tivemos making of, still ou equivalente. Postar uma imagem do ensaio seria postar uma imagem que pretendemos usar no filme. Para não deixar post vazio, vai uma imagem (Flávio Rebouças) de primeiro bate-papo com câmera; Suellen Souza e Camila Bahia no dia em que também gravamos o vídeo de apresentação. Filmaremos aí do lado.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Do roteiro ao monopólio

Embora todo e qualquer apoio seja bem-vindo, e a expectativa é voltar para eles em breve, hoje temos outros focos.

A começar pelos roteiros. É o momento para fazer as últimas (e geralmente decisivas) mudanças, no que vai ser filmado e em como vai ser filmado. Graças principalmente a essa segunda parte, tento racionalizar o que ver ou rever, porque o que importa agora não são referências, mas referências que tenham a acrescentar a Lara. O que não me impede de, vez ou outra, ver algo por puro prazer. Pode ser que outros pensem diferente, mas o que seria do filme sem ele?

De volta ao o quê e como filmar, hoje eles apareceram em prosa de duas horas com Caio Carvalho, nosso protagonista, e em outro par de horas mais cedo com Roberto Pazos, professor, orientador e responsável por salvar uma sequência inteira de Nunca Mais Vou Filmar, no que foi um dos montadores. Dúvidas e ideias na maioria válidas, especialmente para o período final e vindas dele, que agora também é elenco.

Além de Pazos, que desde o início me parecia tão ideal para papel que relutei em convidar, ganhamos Tayná Borges (assistência de produção) e Laiane Vilas Boas, que se junta a Roberto Cotta na assistência de direção.

Assim a função fica menos penosa, com um misto de distância e experiência (Cotta em BH) com proximidade de elenco, equipe e locação (Laiane em Ilhéus).

Com esses acréscimos, e aí vem uma curiosidade que pareceria imposta se falássemos de uma major norte-americana, o filme está praticamente monopolizado pela Uesc. Em uma cena, entre elenco e equipe, serão 17 pessoas. Todo mundo aluno ou ex-aluno de lá. Gosto disso.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O financiamento

A busca por financiamento de Lara pode não ser a mais comum, mas me parece a natural.

O vídeo, inicialmente, foi feito para ser publicado em site de financiamento coletivo, mas aí ganhamos três problemas. A verba não vem de imediato, parte dela é reduzida graças a uma espécie de corretagem e, caso não consigamos a quantia pedida, ficamos sem nada.

Poderíamos, equipe e parceiros, investir tempo e energia para fazer apenas publicidade alheia, e não um filme. E ele não pode deixar de ser prioridade.

Ps1: Quem quiser, tem acesso a roteiro, projeto e orçamento. Basta entrar em contato. Sem intermediários e sem dificuldades.

Ps2: Semana corrida, com participação em júri da Musa (Mostra Universitária Sul-Americana de Audiovisual), mas com novidades de equipe em breve e por atacado. Esperamos que de parceiros também.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Vídeo

Um dos últimos produtores americanos que acumulou bons filmes, carisma e polêmica em grande quantidade foi Robert Evans, retratado no fantástico O Show Não Pode parar (The Kid Stays in the Picture, EUA, 2002), de Nanette Burstein e Brett Morgen. Mas antes de, entre outras coisas, se envolver com O Bebê de Rosemary (1968), O Poderoso Chefão (1972) e Chinatown (1974), ele queria mesmo era ser ator. Em E agora brilha o Sol (1957), baseado em romance de Hemingway e dirigido por Henry King, executivos queriam demitir Evans, o ator, então aquém de expectativas. Até que Darryl Zanuck, chefe de todo mundo, chegou no set, viu a atuação e disse frase que, quase meio século depois, virou batismo. “O menino fica no filme”.

Essa semana, Lara presenciou um momento Darryl Zanuck.

Nas poucas horas livres, começamos a falar sobre o vídeo no início da semana passada. No resto dessas raridades, geralmente na hora do almoço, Camila Bahia montava. Fez uma primeira versão, achava que precisávamos de mais elenco em tela. Fez uma segunda, achava que precisávamos de mais elenco.

Não tivemos uma terceira versão. Ao mesmo tempo, fiz o papel dos executivos e de Robert Evans, só que sem querer atuar, enquanto Camila Bahia foi Darryl Zanuck. “Léo, você vai aparecer no vídeo. O diretor tem que aparecer no vídeo”.

Em compensação, prometo não aparecer no filme. Ilhéus e o elenco são bem mais interessantes, e parte de ambos pode vista ser abaixo.

Agora é com você, aí do outro lado. São várias as possibilidades de participação, são várias as pessoas que agradecem.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Calma

Ainda seguramos o vídeo com imagens dos dois sábados, e que usaremos para complementar o projeto, mas o motivo é simples.

Essa semana Camila Bahia termina de gravar Bordel. Embora sejam pequenos, os últimos ajustes do vídeo precisam de um tempo cada vez mais escasso. Para se ter uma ideia, é provável que nem o Bahia a gente veja essa semana.

Com o final das eleições, bom é que parte da população volta a ter vida social e, espero, a receber de maneira mais gentil pessoas com projeto de filme na mochila. Em breve, ela ganha um vídeo de um minuto e pouco.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Com sotaque

Hoje temos alguns obrigados e um seja bem-vindo.

Anteontem, a segunda prosa filmada. Da Casa dos Artistas de Ilhéus para o Centro de Cultura de Itabuna. Sem poréns de ansiedade, reunião ou telefonemas sem resposta, continuo achando das partes mais agradáveis de todo o processo.


Em breve, com o milagre da multiplicação do tempo e das funções, Camila Bahia finaliza o vídeo com imagens dos dois sábados. Ideia é postar aqui também. Antes, um valeu para Carol, Eline, Monique e Victor.

Já as boas-vindas, acompanhadas de um muchas gracias com sotaque, é para Saul Mendez, que vai fazer o design gráfico de Lara.

Bróder desde os tempos de Uesc, onde fui seu calouro, é o tipo que mistura esquisitices escatológicas com classicismo hollywoodiano. Referências, simplicidade e competência; El Salvador e Espanha, Goiânia e Ilhéus. Um cara bacana para a equipe.