quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

As outras

Camilla Nobre, Brenda Matos e a música quase pronta. Foto: Ana Lee.

Na segunda-feira (11) de carnaval, após tarde de surfe (pra ele) e fotos (pra mim), eu e Teddy, o do bordel, fomos trocar uma ideia a respeito da trilha sonora de Lara.

Prosa acabou perto de meia-noite, depois de algumas músicas-referência, divagações no violão, e quatro vídeos-guia, para o caso de ele não lembrar do que tinha tocado. Entre os sons da noite rolou até um riff de sax, com a boca.

Na quarta-feira (13) de cinzas deixamos o Cacau e voltamos a Salvador, de quem sentia falta e com quem presenciei a gravação da base para essa música (provisoriamente intitulada As Outras), que aconteceu domingo (17).

A base da guitarra, feita em casa por Teddy, ganhou a companhia do teclado de Naiara Gramacho, que ainda fez o riff do que o senhor Paranhos visualiza para um instrumento de metal, provavelmente o sax.

Anteontem tive que voltar a Itabuna/Ilhéus/Uesc para cuidar de pequenos ajustes referentes à cor de alguns planos do filme, mas também anteontem Teddy acompanhou a gravação da percussão, com Diogo Flórez, e do violino, com Edgar Felipe. Embora sua intenção fosse não me empolgar, ele só falou bem dos caras e do som.

Agora, com trabalho e faculdade que ocupam o dia inteiro, Teddy deve gravar o restante da trilha sonora (baixo, teclado e guitarra) no final de semana. Depois vem a mixagem, finalização e o envio até aqui, onde acrescentamos a Lara e, aí sim, ela pode dizer que está pronta para fazer as malas.

Pode quebrar a cara, não receber o convite de ninguém, cansar de ver possíveis destinos baterem a porta em sua cara. Mas vai fazer as malas.

Ps: A gravação da trilha sonora original merece um agradecimento especial a Léo (Leonardo Produções), o Léo das Galinhas, numa referência à casa encravada entre prédios no meio do Caminho das Árvores em Salvador, onde fica o estúdio que hoje abriga As Outras. De uma gentileza sem tamanho, taí um cara a quem o filme será eternamente grato.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

98% no caminho pro inferno

Agora que a montagem acabou, e que já tivemos alguns dias de tratamento de som e imagem, o que é que falta pra o filme ficar pronto?

Na terça-feira (5), Emiron Gouveia, gerente de laboratórios do curso de Comunicação da Uesc, me perguntou se eu não poderia finalizá-lo antes do carnaval, o que disse ser possível desde que uma última pendência pudesse ser acrescentada depois. Ele compreendeu, mas fora modificações com luz e cores em cinco ou seis planos, a parte visual deve ser fechada em poucos dias (úteis, o que não inclui o carnaval). Assim como aconteceu na montagem, a finalização de vídeo está bem mais rápida que imaginava.

Equipe quase completa. Foto: Ana Lee
Sobre o áudio, nosso último detalhe é uma trilha sonora composta por Teddy Paranhos para a cena do bar, que ele demorou a perceber.

- Quando puder, me manda a cena do bar.
- O filme tá todo aí, Teddy.
- Tá?
- Tá. A cena do bar é de 5min a 6min30s.
- Aquilo é um bar?
- É.
- Pensei que fosse um bordel.

Assim que essa música ficar pronta em Salvador, ela viaja para cá e voltamos ao estúdio. Lá onde encontramos Samuel Touchê, no segundo andar do pavilhão Adonias Filho, no final de um corredor geralmente pouco iluminado, que culmina em sala hoje com ar condicionado quebrado.

Com essas características mais eficientes que muita dieta, resolvi batizar o percurso de Highway to Hell, música de ACDC cuja tradução foi adaptada no título do texto de hoje.

Quando retornarmos a ele, tudo indica que seja para dizer "o filme acabou". E pra citar de novo a mesma música ACDC, "ei, mama, tô no caminho para a terra prometida".